Resumo sobre o movimento Música Viva

Universidade Federal de Pernambuco – UFPE / Centro de Artes e Comunicação – CAC
Recife, 22 de janeiro de 2015
Aluna: Natália Santana dos Santos
Tema: O movimento música viva e suas repercussões na música brasileira.

As bases do movimento Música viva foram criadas pelo flautista alemão Hans Joachim Koellreutter. Recém chegado ao Brasil, Koellreutter buscou trazer ao país as novidades do campo musical das quais havia participado ativamente na Europa, fundando em 1938 no Rio de Janeiro o grupo Música Viva, cujas atividades concretas se iniciaram no ano seguinte. Fundou-se também, em 1944, um braço paulista do movimento, que, apesar de ter a mesma orientação que o grupo carioca, demonstrou características singulares. Ambos os grupos sofreram rupturas decisivas em 1950 e a última notícia sobre suas atividades é de 1952, portanto foi durante a década de 1940 que se desenvolveu um movimento que pode ser chamado de pioneiro no que diz respeito à renovação musical no Brasil. Música viva foi um movimento criado sob tríplice aspecto: educação, criação (composição) e divulgação, que tiveram igual intensidade durante a existência do grupo. Ao logo do tempo, podem-se detectar três fases distintas que refletiam as posturas ideológicas dos seus principais representantes. Na primeira vemos a coexistência de tendências diferentes, tanto estéticas quanto ideológicas. O que havia de mais moderno na música brasileira era aquilo que era produzido pelos nacionalistas, e é neles que Koellreutter se apoia no primeiro momento. Mas enquanto os nacionalistas brasileiros participantes do grupo se preocupavam em criar e valorizar uma música pautada pela identidade nacional com certo cunho folclorista, Koellreutter (fugido do nacionalismo germânico), aos poucos introduzia no movimento os conceitos de vanguarda sobre os quais já tinha conhecimento. E mesmo com certa postura tradicional, Música Viva já reivindicava metas como “divulgar o compositor e sua obra, principalmente a contemporânea”,