Resumo sobre os textos de Durval Muniz
Foucault encara todos os objetos históricos como um acontecimento completo. Para ele a história é manipulada pelo historiador, uma vez que a realidade do passado é definida pela época em que está sendo analisada, essa realidade fundamentará a visão de verdade contida no discurso, daí surge a idéia acerca do esquecimento necessário de certos fatos, idéia esta herdada de Friedrich Nietzsche, que separa a idéia de fato da idéia de dado, destarte, Foucault denuncia as maquinações do discurso historiográfico. O método de produzir conhecimento em Foucault é algo claro, ele “foi acusado muitas vezes de não ter método, como se existisse um método universal e único” 5, esse tipo de crítica é feita, geralmente, por pessoas que possuem um método dispare do método do autor que criticam. Notamos assim que Foucault faz com que o trabalho do historiador não seja mais visto como a junção de dados factuais classificados e ordenados pela razão do historiador transformados na “maquinaria explicativa, alheia, na maioria das vezes, às vidas e falas daqueles que a teriam feito funcionar”. Foucault chega à conclusão que o trabalho do historiador é dar nova vida aos relatos sobre o passado através “da nossa capacidade poética de retramar o que está tramado (...) para que estes relatos nos sirvam para demarcar a nossa diferença, sirvam-nos para nos tratarmos, dizermos e vermos de outra forma” 6. Em suma, para Michel Foucault a raridade é a característica daquilo que usualmente chamamos de fontes para o trabalho com história, daí, seus estudos acerca da loucura, por exemplo.
A História de acordo com Durval Júnior
A concepção de Durval Muniz de Albuquerque Júnior anda próxima à visão de Michel Foucault vista anteriormente, não é a toa que Durval em seu capítulo intitulado Um leque que respira da obra História: a arte de inventar o passado cita várias vezes o que teria aprendido com Foucault. Durval se fundamentará em uma