Diálogos de autores e conceitos com fontes históricas de um futuro projeto de pesquisa.
A proposta de trabalho que aqui se inscreve quer problematizar ou discutir alguns autores, bem como conceitos empregados por eles, que podem estabelecer um diálogo com as fontes de um futuro projeto de pesquisa a que venho submetendo a apreciação acadêmica no último ano. Para que fique mais claro o que proponho fazer neste projeto, bem como as fontes que utilizarei no mesmo, exponho aqui um resumo da proposta: trata-se de problematizar um evento na história do Brasil, que encerra uma luta entre memória e esquecimento por meio da instituição da idéia de abertura dos arquivos da ditadura militar (1964-1984) que em grande medida se mantêm em poder do Estado, amparados em leis de sigilo. O presente projeto de pesquisa pretende situar a invenção desse discurso de abertura no contexto brasileiro, que relações de forças o compõe no espaço. Situá-lo num território marcado por forças oponentes. De um lado agentes que pedem abertura hasteando a bandeira do direito a memória e a verdade histórica, de outro, àqueles a quem o silêncio, o ocultamento, o virar a página importa mais. Neste espaço as batalhas de memórias envolvendo nossa história recente, vão se tornando cada vez mais visíveis e dizíveis. As fontes pesquisadas serão as edição do jornal Folha de São Paulo e Estado de São Paulo; arquivo de vídeos do fantástico; Jornal do grupo Tortura nunca mais do Rio de Janeiro; o site www.desaparecidospoliticos.com.br; o dossiê: mortos e desaparecidos políticos desde 1964. O primeiro autor que estabelece um diálogo, se não de forma direta, ao menos indiretamente com esse trabalho é Stuart Hall, por se ocupar sobre a questão das identidades no mundo atual. Pelo acesso que tive as fontes pude perceber um conflito de identidades na questão da abertura dos arquivos da ditadura militar brasileira. As batalhas de memórias estão permeadas por questões de identidades de grupos. É