Memória e História
Memória e História andam intrinsecamente juntas, ambas são componentes importantes do saber histórico escolar e possuem lugar na matriz disciplinar da História desde o processo inicial de construção de seu código disciplinar, porém algumas distinções são colocadas diferencialmente pra provocar implicações importantes no ensino- aprendizagem de História.
MEMÓRIA E CONTEMPORANEIDADE Vários autores nos fazem pensar sobre a presença da Memória, na contemporaneidade, como um fenômeno político-social que nos tem chamado a atenção quanto aos seus usos e apropriações por parte de diferentes grupos e movimentos sociais, seja como forma de conter as polêmicas de esquecimentos próprias de um mundo em constantes mudanças, sejam como elemento de fortalecimento de identidades múltiplas. Os efeitos que tais discursos e práticas de Memória produzem na sociedade, normalmente, compõem o universo de significação e interação do aluno, antes mesmo dele entrar na escola e se deparar com o saber histórico de referência presente, o livro didático de História. Podemos assim dizer, que vários autores vêm dedicando décadas e décadas de estudos para aprimorar suas concepções sobre este fenômeno, assim afirma George Orwell (1979) para o fato de que “quem controla o passado controla o futuro e quem controla o presente controla o passado”. Então a Memória segue como tema central ao entendimento político-econômico-social. Para a reflexão acadêmica, a Memória é termo essencial na nossa vida cotidiana, em múltiplas manifestações. Para o sociólogo Zygmunt Bauman (2001), passamos a viver na impossibilidade de acompanhar a rapidez dos eventos, em que a vida se expõe às incertezas constantes. Inovações nas ciências, nas tecnologias e nos meios de comunicação que geraram um excesso de produção de bens e informações ao qual não estávamos acostumados, mas fomos