Resumo do texto “Fragmentos do discurso cultural: por uma análise crítica das categorias e conceitos que embasam o discurso sobre a cultura no Brasil”, de Durval Muniz de Albuquerque Júnior.

- Resumo do texto “Fragmentos do discurso cultural: por uma análise crítica das categorias e conceitos que embasam o discurso sobre a cultura no Brasil”, de Durval Muniz de Albuquerque Júnior.

Ao se falar em cultura no Brasil, é natural a utilização de conceitos bastante recorrentes, considerados tão comuns, que muitos indivíduos já os assimilam, entendem e usam prescindindo de explicações. Um dos exemplos mais fortes é o conceito de identidade, que remete a uma serie de ramificações, como a das identidades nacionais, regionais, de classe, gênero, entre outras; sendo assim, mesmo quando não se tem a intenção de usar essa palavra nos discursos sobre cultura, ela acaba aparecendo. Entre os assuntos que estão estreitamente ligados com a ideia de cultura, está o resgate da mesma, muitas vezes enfatizado por artistas, produtores culturais e outros diversos agentes relacionados a esse ato da não perda de manifestações, ações e concepções em geral; usando como ferramenta a nova era da digitalização. Toda via, tal postura mostra-se contraditória, já que esses registros em DVD, Cd, fotografias digitais etc. Só transformam a cultura em momentos estáticos, congelados, formando uma nova maneira de folclorizar as produções culturais, querendo assim, incorporar uma identidade, em que não há possibilidades de mudanças, sem novos arranjos, temas, significados e muitos outros aspectos que com o tempo podem ser inovados ou alterados.  E esse processo histórico, em que consiste em resguardar a tradição, palavra que é também muito enfatizada no âmbito cultural, foi “interferido” pela globalização, criando uma concepção de desarranjo. Porém, a tradição não é algo que existe desde sempre, e sim que foi criado pelo homem, podendo haver modificações e transformações, sem que precise necessariamente da globalização para que isso ocorra. Sendo assim, ficar preso a esses grupos ditos tradicionais só ratifica a ideia de identidade, em que acaba