Resumo serviço social
Para Mattoso Câmara (1992), vocábulos com oposição masculino/ feminino, como podemos perceber em “lobo/ lobA”, possuem a marca de gênero. Tal marca é evidenciada pelo morfema “a”, vogal átona final de feminino. Em outros casos, o “a” final é classificado como vogal temática, como em “janela/ casa/ artista/ pianista/ cometa/ mapa”. O “o” e “e”são sempre classificados como vogais temáticas, já que o masculino é caracterizado pela ausência do “a”. A ausência do masculino, assumindo a denominação de Mattoso Câmara, a forma não marcada pode ser verificada em “lobo/ loba”, “mestre/ mestra”, “cantor/ cantora”. Para o autor, o substantivo não necessariamente terá marca de gênero, pode ter “Ø”, morfema zero. Podemos entender, assim, o posicionamento do autor tratado aqui, do seguinte modo: qualquer outro vocábulo que não apresente a terminação final “a” átono pode ser entendido como uma forma masculina não marcada. O autor caracteriza, estritamente, os nomes com terminação “a” átono final, entretanto, apenas expõe o masculino como forma não marcada, não delimita aspectos formais para terminação do vocábulo em questão. Esse fato dá inicio para questionamentos sobre a forma de vocábulos, como “tribo”, em que não é estabelecida relação entre termo antecedente e vogal átona final. Não se verifica, nesse caso, a relação do antecedente feminino, geralmente artigo “a” com a vogal átona final “o”. Outro fato que podemos ressaltar na caracterização de Mattoso Câmara (1992) incide na classificação, não convincente, dos vocábulos citados acima “janela/ casa/ artista/ pianista/ cometa/ mapa” em um mesmo agrupamento. Para estabelecer essa classificação, o autor considera, apenas, a terminação desses vocábulos apresentados. O autor engloba palavras uniformes, como “testemunha”, que são usadas para denominar tanto masculino, quanto feminino. Utiliza, também, nomes em que não há relação direta entre termo antecedente e vogal átona final, como