Índios misturados
Roberto Pacheco de oliveira
No texto Roberto Pacheco de Oliveira faz uma crítica ao pouco interesse analítico nos povos ditos “misturados”, e acredita que se deve recuperar através de experiências, estabelecendo o diálogo intelectual com antropólogos que produziam a partir de outros contextos institucionais e etnográficos, em um esforço comparativo e de tradução cultural, articulado com os desafios do exercício de um trabalho teórico.
Ocupou-se de temas como os paradigmas e a história da disciplina, a escrita etnográfica e o trabalho de campo, e as relações entre a ética e a antropologia demonstrando a sua preocupação com as condições de formação do antropólogo. Descrevendo e analisando um conjunto de fenômenos sociais que pode ser objetivado através da investigação empírica e do exercício do debate e da crítica, na continuidade da dimensão argumentativa.
Para o autor, os povos indígenas do Nordeste brasileiro não foram objeto de especial interesse para os etnólogos brasileiros. Poucos trabalhos, teses e monográficas abordaram a situação dos índios do nordeste brasileiro nenhuma interpretação mais abrangente formulada sobre o assunto. Existia um interesse residual na questão dos povos indígenas do Nordeste, o foco estava nas problemáticas destacadas pelos americanistas europeus, logo deslocado dos grandes debates atuais da antropologia.
O interesse estava nos povos pertencentes à Amazônia, onde julgavasse que tais povos indígenas permaneciam sem algum tipo de influência do homem branco, sendo, portanto mais “puros” do que os da região Nordeste, que já tinham uma interação fora da tribo. O Roberto Cardoso de Oliveira argumenta é que não existe nenhum povo indígena no Brasil, que seja totalmente isolado, e sem algum tipo de contato com outra cultura.
No texto o autor primeiro procurou mostrar como ocorreu a formação do objeto de