Colocação pronominal: próclise, mesóclise e ênclise
Gisânia Galvão Vieira
RESUMO : Aborda as regras de Colocação Pronominal, discutindo suas implicações benéficas na fala e na escrita, bem como sua importância enquanto conteúdo da Língua Portuguesa
PALAVRAS-CHAVES: Regras, Importância, Pronome.
1. INTRODUÇÃO A colocação correta dos pronomes, por parte dos alunos, tem sido, desde muito tempo, alvo de polêmicas e contestações, entre educadores e estudiosos interessados no ensino da norma Culta. Dentre os pontos de vista, escolhemos colocação pronominal como objeto de estudo. O presente artigo visa focalizar este aspecto e discutir suas regras e como aprendê-las. Para tanto, nos basearemos nas formulações teóricas da gramática de Celso Cunha, José de Nicola/Ulisses Infante e Evanildo Bechara. Objetivamos, ainda, contribuir para o melhor entendimento e ampliação do debate acadêmico deste importante tema.
2. COLOCAÇÃO PRONOMINAL Na utilização prática da língua, a colocação dos pronomes oblíquos é determinada pela eufonia, isto é pela boa sonoridade da frase. Por isso, em certos casos, podem ocorrer diferenças entre o que a norma gramatical propõe e o que realmente se usa. É essa natureza fonética da questão que deve ser considerada quando se estuda colocação pronominal. Segundo NICOLA(1994), devem ser observados dois aspectos: a) A entonação das frases que a língua obedece, muitas vezes a necessidade expressiva, contrariando regras e preceitos lógicos e normativos; b) A diferença entre o Português do Brasil e o de Portugal, que é justamente mais acentuada no aspecto fonético, fato que produz inquestionável diferença na colocação pronominal dos dois modos de falar. O que acontece em nosso país, é que infelizmente o ensino gramatical tem deixado de observar esses aspectos e se apega simplesmente as regras. Analisa-se a colocação pronominal a partir dos critérios morfológicos e não fonéticos. Ou seja, toma-se como