RESUMO : O Serviço Social surgiu no Brasil por ocasião do processo de industrialização na década de 30, que trouxe um maior desenvolvimento econômico e fez surgir as primeiras preocupações com a camada operária. Com esse processo de industrialização e a concentração urbana, o Brasil, de essencialmente agrícola, passa a ser um país industrial. Assim a profissão surgiu neste contexto sócio-econômico, fruto da iniciativa particular de vários grupos da classe dominante, que tinham na Igreja Católica o seu porta voz. A primeira Escola de Serviço Social no Brasil foi fundada em 1936 em São Paulo, por jovens católicos e militantes de movimentos da igreja, que participavam de atividades assistenciais, todos pertencentes a burguesia paulista. As famílias incentivavam suas filhas solteiras ou mesmo esposas para que participassem desses movimentos, assim abria a possibilidade da mulher paulista marcar presença no processo político do seu estado. A segunda Escola do Serviço Social foi funda em 1937 no Rio de Janeiro, e contou com a colaboração da Congregação das Filhas do Coração de Maria, vindas da França. As Escolas de Serviço Social nasceram por influência direta da Igreja Católica, tanto a nível de formação profissional, como da prática e do discurso de seus agentes. Durante a década de 40, até a metade dos anos 50, ocorreu o processo de crescimento econômico no Brasil. Durante esse período, a classe trabalhadora passou a ocupar posições na vida política nacional. A ampliação do processo de industrialização trouxe consequências no aumento do número de trabalhadores urbanos, que passou a manifestar suas insatisfações e necessidades. É nesse período crítico que o Brasil passou a necessitar de novas técnicas de Serviço Social voltadas para a realidade de um país subdesenvolvido. Ou seja , a sociedade exigia da profissão uma maior capacitação técnica para responder as suas demandas que surgiam do conflito existente entre o capital e a força de trabalho. Foi na década de 60