Resumo pedagogia da autonomia
Capitulo 1
Não há docência sem discência
O foco central desta obra é pontuar os saberes indispensáveis à pratica docente. Saberes são demandados pela prática educativa em si mesma, qualquer que seja a opção política e ideológica do educador.
A reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação Teoria/Prática sem a qual a teoria pode ir virando blábláblá e a prática, ativismo.
Um dos saberes indispensáveis é compreender que ensinar não é transmitir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua construção. O educando não é objeto de manipulação do educador, e sim todos envolvidos no processo da educação são sujeitos do ato formador. Pois quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa, e foi aprendendo socialmente que educadores descobriram que era possível e preciso trabalhar métodos de ensinar para estimular o extinto humano da curiosidade não facilmente satisfeita, de aprender, descobrir e ir além de seus condicionantes.
1.1- Ensinar exige rigorosidade metódica
O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade critica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão. Uma das suas tarefas é trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica que eles devem ter ao se “aproximar” dos conteúdos. Os educandos devem pressupor que o educador já teve ou continua tendo experiência da produção de certos saberes e que estes não podem a eles, educandos, serem simplesmente transferidos. Devem ser conscientes que vão se transformando em sujeitos da construção e reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador igualmente sujeito do processo. Portanto o papel do educador também é ensinar a pensar certo.
É impossível ser um professor crítico se, mecanicamente memorizador, é muito mais um repetidor de frases e de idéias inertes do que um desafiador. Não percebe, quando realmente existe, nenhuma relação entre o