Resumo Nutrição Enteral

O regime alimentar das mulheres pobres e obesas da rocinha era monótono, com poucas variações do cardápio e compostos basicamente por três refeições diárias: café da manhã, almoço e jantar. A centralidade do regime recai sobre a refeição do almoço. As demais refeições nem sempre são habituais.
O almoço compreende o trinômio arroz, feijão e carne, sendo a carne mais consumida a de frango, em especial o assado. O consumo de legumes, verduras e frutas eram pouco destacados na rotina alimentar das mulheres. O lanche constitui-se como a não refeição porque nele não se faz uso da comida. O jantar geralmente era o mesmo do almoço ou substituído por um lanche.

Regimes diferenciados

O estudo mostrou que há relação entre o nível sócio econômico do individuo e a alimentação. As mulheres entrevistadas afirmaram que a alimentação de uma pessoa rica é de melhor qualidade, tem custo mais elevado e é mais variada do que a dos pobres.
Entretanto, para as mulheres da Rocinha, os ricos comem pior do que os pobres. Pois na dieta de rico o que impera é a qualidade e não a quantidade dos alimentos, pois segundo elas tal importância se deve aos ricos sempre quererem manter a boa forma. Elas acham que essa concepção está errada porque ao comer pouco a pessoa não consegue se sustentar, fica fraco, doente e assim não tem como trabalhar.
Ainda, para elas, o pobre tem que se submeter a comer aquilo apenas que o dinheiro pode comprar. A alimentação do pobre é gordurosa, “pesada”, inclui raramente alimentos como verduras, legumes e frutas. Entretanto, as entrevistadas revelaram o desejo em adquirir alimentos desse gênero, mas a exclusão desses itens se deve ao maior valor monetário dos mesmos. Ou seja, o estudo revelou que a qualidade da dieta das participantes relaciona-se a pobreza ao qual estão submetidas, impossibilitando-as de comprarem produtos mais saudáveis.