Nutricionista
Juliana Lima Ivo¹
Shirlei Marly Alves²
RESUMO
Na impossibilidade de alimentar-se via oral, a Terapia Nutricional Enteral comparada à parenteral, tem desempenhado um papel importante e bem definido no tratamento de pacientes críticos. Entretanto existem alguns fatores e complicações que associadas impedem a efetiva administração da Terapia Nutricional Enteral. Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, qualitativo e explicativo, no qual se realizou um levantamento bibliográfico em revistas, manuais, teses e periódicos publicados nos últimos dez anos, encontrados nas bases de dados Lilacs, Medline, Pub Med e Scielo. Tendo como objetivo relacionar as principais complicações que acontecem com a administração da dieta enteral em pacientes críticos. Dentre as várias complicações da nutrição enteral, como mecânicas, infecciosas, metabólicas e gastrointestinais, estas foram as mais prevalentes, nos diferentes estudos analisados. Concluiu-se que as complicações podem interferir negativamente na recuperação do paciente, mas que podem ser reduzidas com a presença de uma equipe multidisciplinar e o como uso de protocolos.
Palavras-chave: Nutrição enteral. Efeitos adversos. Unidade de terapia intensiva. Paciente crítico. Terapia nutricional. Complicações.
1 INTRODUÇÃO
O paciente desnutrido cursa mais facilmente com infecção, demora mais tempo para cicatrizar, exige maiores cuidados intensivos e permanece internado por mais tempo no hospital e unidade de terapia intensiva (UTI). Sabe-se, ainda, que a terapia nutricional precoce e adequada no paciente crítico é a peça fundamental para a melhora do balanço nitrogenado, manutenção da função intestinal, melhora da imunidade, melhor capacidade antioxidante celular e diminuição da resposta hipermetabólica.
Fatores inerentes ao tratamento, como ventilação mecânica, uso de sedativos e fármacos vasoativos, tornam o suporte nutricional um