RESUMO MONTEIRO
1.1. A linguagem no contexto social
Para compreender Labov, deve-se entender a linguagem humana, suas propriedades, o aspecto social dos fatos lingüísticos e sua variação. Por ter como função básica a comunicação, a língua geralmente é interpretada como resultado da cultura a que pertence, dessa forma, não é novidade a relação entre língua e sociedade, mas a linguística que tem como objeto de estudo a língua não se preocupa com o fator social. Essa despreocupação está presente nos estudo de Sassure quando define que o objeto de estudo da linguística é a langue, considerando que a língua é um fato e vem de uma capacidade biológica. Labov critica essa posição, pois acredita que se fosse dessa forma um único falante seria suficiente para ser um objeto de estudo. E então surgiu o paradoxo de que para o estudo, a linguagem só poderia ser analisada a partir da interação com os outros. No estruturalismo, Bloomfield desconsidera vários aspectos da linguagem com o intuito de delimitar o campo de interesse da linguística. O gerativismo admite a homogeneidade lingüista e excluí o fator social. Demorou muito tempo para que a linguística incorporasse aspectos sociais no estudo e na descrição das línguas.
1.2. A descrição da heterogeneidade linguística
A partir das dificuldades encontradas em limitar o campo de atuação da sociolinguística, Fishman (1972) e Brigth (1966) foram os primeiros a especificar o conteúdo da nova disciplina, tornando o seu objeto de estudo a diversidade linguística e relacionando língua e sociedade. Porém, Labov (1972) foi o que obteve mais sucesso ao descrever a heterogeneidade da língua, encontrando um modelo que leva em consideração as influências dos fatores sociais na língua. Para Labov, a linguística deveria dar enfoque ao social, pois a língua é um fenômeno deste.
1.3. A função social da linguagem
A língua é um modo de iniciar e estabilizar os relacionamentos,