Resumo analítico do conto "a negrinha" de monteiro lobato
O conto “A Negrinha” de Monteiro Lobato, revela a história, desde o nascimento até a morte, de uma garota chamada Negrinha, que era filha de escrava e “vivia” na casa de sua patroa. Sofria de todos os modos, desde a privação da liberdade e racismo até a tortura por parte da própria patroa. Tinha uma alma frágil, maltratada e pesava pouco mais que quinze quilos, que após lhe ser retirado algo que a deixara muito feliz, fisicamente, morreu de uma tristeza profunda e uma angústia sem fim, interpretando melhor, morreu de felicidade, pois nunca tivera um momento tão feliz em sua vida. Em “A Negrinha”, nota-se desde o seu início uma negligência no que diz respeito à questão racial, quando não se consegue relacionar palavras engraçadas referidas as pessoas negras, ao preconceito racial. No decorrer do conto, não há qualquer importância em expressar o nome da protagonista negra, contendo um depósito de características negativas e clichês, o conto em si representa uma indiferença doentia demonstrada pela personagem D. Inácia. Única personagem que recebe nome por ser ex-senhora de escravos que, aliás, é descrita de modo irônico e bastante paradoxal. O único ponto que apresenta uma minimização da agressividade relacionada a xingamentos racistas é quando as duas crianças brancas se ressaltam no conto como “dois anjos do céu, alegres, pulando e rindo numa vivacidade de cachorrinhos novos”. “A Negrinha” foi publicado pela primeira vez em 1920, passados 32 anos após a assinatura da Lei Áurea, o Brasil ainda sentia os efeitos da escravidão e a transição do trabalho escravo ao trabalho pago. Mesmo com o fim do escravismo, a visão preconceituosa sobre o negro ainda permanecera. Mas o conto entra em contradição no momento em que o negro livre continua sendo tratado como escravo. Monteiro Lobato é considerado um dos maiores escritores de literatura infantil. Porém, para a população negra, suas obras causam um terrível