Resumo livro história da arte - gombrich

Matrizes do Pensamento Psicológico
Luís Cláudio M. Figueiredo

A Constituição do Espaço Psicológico

1. EMERGÊNCIA E RUÍNA DO SUJEITO

• A partir do século XVII, com o surgimento da psicologia contemporânea, pode-se observar uma redefinição das relações sujeito/objeto no plano da ação e do conhecimento. A razão contemplativa orientada desinteressadamente para a verdade é concebida sob o modo empírico ou racional das coisas que cede lugar à razão e à ação instrumental. • Ao longo da Idade Média podiam-se ver as primeiras mudanças: o experimento se acrescenta à mera observação e a finalidade utilitária emerge como justificativa da ciência acompanhada da tradicional busca da verdade objetiva. • Francis Bacon atribuiu ao sujeito o status de senhor de direito da natureza. • Descartes – racionalista – compartilhou com Bacon do interesse utilitário. • Com Descartes e Bacon, o modelo da razão contemplativa, buscando os fundamentos absolutos do conhecimento na visão externa e visão interna, na prática de pesquisa e na reflexão epistemológica a instrumentalidade do conhecimento volta-se em procedimentos e técnicas que se definem em termos de controle, cálculo e teste. O objeto dessa ciência é o “real”, tecnicamente manipulável, na forma efetiva do controle ou na forma simbólica do cálculo e da previsão exata; o teste põe à prova uma antecipação de resultados. • A filosofia da ciência mais moderna de Bacon é o julgamento a que são submetidas às tendências anticientíficas do espírito. Na sua doutrina dos ídolos do conhecimento (“ídolos do teatro”, “ídolos do mercado”, “ídolos da tribo”) há uma luta contra as inclinações inatas ou aprendidas do homem que bloqueiam a leitura objetiva do livro da natureza. A disciplina do espírito será o objetivo das regras metodológicas que definirão a própria especificidade da prática científica. • A produção do conhecimento objetivo e a ação instrumental ganham uma nova espessura, aonde o