Resumo Fenomenologia
João da penha neste livro da um panorama geral do contexto histórico em que aparece o existencialismo e também a origem desse termo, contextualiza dentro da crise do pós-segunda-guerra. Para isso ele da uma perspectiva dos antecedentes históricos passando pelos pensadores que contribuíram com o existencialismo. O existencialismo apoiava-se na reflexão de que a existência humana precisava ser considerada em seu aspecto particular, individual e concreto, ou seja, o homem precisava ser visto como um indivíduo único, separado em si mesmo, embora mergulhado na sociedade.
Ele começa citando Kierkegaard, que declarava a filosofia do sujeito, onde pensar a existência é pensar o homem singular A existência não pode ser reduzida a nenhum sistema abstrato, por mais que haja um saber que explica tudo, ela não é determinada por essas explicações, é irredutível. A existência individual não precisava ser explicada, mas vivida. Ele divide existência humana em três estágios: o estético, o ético e o religioso. No estágio estético o homem busca um sentido para sua existência, atuando sob um total domínio dos sentidos e sentimentos, fazendo suas escolhas guiadas por suas próprias regras, e, que acaba por descobrir que em vez de se libertar, aprisiona-se numa existência vazia, desesperando-se. Esse desespero é o que distingue o ser humano do animal, o impulsiona para a fase ética, acreditando que isso o libertará da inércia existencial. Acredita responsabilizar-se por seus atos. E que no estágio da ética que o desejo deve ser submetido ao dever ético, limita-se as regras estabelecidas pela sociedade. Ele passa a existir conforme a moral interiorizada. O motor da existência é a moral e não o desejo. Mas é somente no estágio religioso, que o homem se realiza plenamente. Somente nesta fase é que o homem alcança uma relação íntima com o “Absoluto”. Deus torna-se a regra do indivíduo, única fonte de realização plena, pois a