Resumo Hegel Fenomenologia do Espírito
Página 151 a 171 “B- LIBERDADE DA CONSCIÊNCIA-DE-SI: ESTOICISMO, CEPTICISMO E A CONSCIÊNCIA INFELIZ”
Nesta seção, ainda se referindo à verdade da certeza de si mesmo, após nos falar sobre a independência e a dependência da consciência de si, onde foi dado o exemplo do senhor e do escravo para mostrar na prática como funciona a consciência-de-si independente (dominação) e dependente (escravidão), Hegel nos mostrará como se dá a liberdade da consciência-de-si, para tanto, utilizará o modo de pensar do Estoicismo e do Cepticismo para exemplificar seus argumentos através da comparação com estas correntes filosóficas e chegará, com isso, ao momento desta liberdade denominado Consciência Infeliz para então concluir o capítulo referente à verdade da certeza de si mesmo.
Desta forma, percebemos que o autor nos diz que a consciência-de-si independente entende como sua essência a pura abstração do Eu, ou seja, para esta, sua essência consiste no reconhecimento de sua existência, sem que esta seja necessariamente dependente de algum reconhecimento externo. E mesmo a partir do momento em que esta consciência-de-si independente reconhece a existência de diferenças, ela não toma para si este fato, ou seja, não reconhece que sua existência dependa também das diferenças e por isso essa consciência-de-si nem se torna um eu que se diferencia verdadeiramente, nem que permanece igual a si mesmo. Ao contrário, esta consciência se torna objeto para si mesma e ao mesmo tempo contempla no senhor o ser-para-si como consciência. Isso quer dizer que, como havia dito, ela se reconhece em si mesma como existência independente de quaisquer outros fatores. Já na consciência escrava, para o autor, não há esse reconhecimento da independência e dela como sua própria essência.
Desta forma, para o filósofo, a consciência que se reconhece como essência de si mesma é uma consciência que pensa (nas palavras do