RESUMO: PSICOPATOLOGIA E FENOMENOLOGIA
CENTRO DE HUMANIDADES
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
CAROLINA fRANCISCO DE ASSIS FILHO ícaro MACHADO
JESSICA MARIA PESSOA GOMES LÍVIA FERNANDES AMARANTE
RENATA EUDÓCIA MELO BARRETO tELMA parente
Resumo: psicopatologia e fenomenologia
FORTALEZA - CE
2013
Psiquiatras como E. Minkowski, H. Kunz, O. Schwartz, E. Strauss ou Von Gebsattel não se ateram muito à especificidade de análises e referências filosóficas. Para eles, aplicar com exatidão a fenomenologia de Husserl ou a análise existencial de Heidegger poderia levar o médico a substituir o que é dado clinicamente por construções teóricas. Esses psiquiatras se esforçam por ligar os sintomas a uma estrutura que organiza as perturbações, em uma perspectiva genético-estrutural. Victor-Emil Von Gebsattel é conhecido na França por descrever o mundo obsessivo. Esse mundo seria dominado por forças destrutivas, pela falta de autenticidade. Os distúrbios eram concebidos segundo um conjunto construtivo-genético.
E. Minkowski, psiquiatra francês, utilizou-se de Husserl e de Bergson e definiu sua abordagem como fenômeno-estrutural, com uma psicopatologia antropológica. Na relação médico-paciente haveria o contato com os pacientes com o objetivo de penetrar no mundo vivido desses, além de tentar chegar à própria essência das coisas.
O fenômeno patológico significava um modo de ser diferente e que deveria ser compreendido em relação a uma estrutura de conjunto. A natureza e a significação dos fenômenos psicopáticos estariam relacionados com fenômenos fundamentais a que as perturbações se refeririam de forma direta e não se deveria analisar perturbações de funções isoladas. Dessa forma, as mudanças da experiência do tempo caracterizam as estruturas de diferentes doenças mentais.
E. Minkowski, apesar de não ter fundado uma escola, contribuiu com a formação do grupo “Evolução Psiquiátrica”. Além disso, facilitou o compartilhamento de ideias entre