Resumo empresa Transnacional
KUPFER, D.; HASENCLEVER, L. Economia Industrial. Rio de Janeiro, Elsevier. 2002. “Cap. 16 “A empresa transnacional”.
No contexto do atual processo de globalização, a empresa transnacional é o principal locus de acumulação e de poder econômico a partir do seu controle sobre ativos específicos. De forma geral, ela surge como resultado da convergência dos processos de concentração e centralização do capital e de destruição criadora.
A empresa transnacional é a empresa de grande porte que controla ativos em pelo menos dois países. Ela responde pela quase totalidade dos fluxos de investimentos externo direto (FID). Ela é também o principal agente de realização dos processos de internacionalização da produção, concentração e centralização do capital, e de destruição criadora. O processo de internacionalização de produção se expressa de três formas: exportação, licenciamento de ativos e investimento externo direto.
Segundo Penrose os investimentos externos diretos nada mais são do que uma conseqüência do processo de crescimento da empresa. Isso por que as empresas que são bem-sucedidas possuem alguns recursos internos que lhes permitem as oportunidades de expansão. Portanto, a empresa que pretende realizar investimentos externos diretos deve possuir alguma vantagem especial, como por exemplo, capacidade gerencial, conhecimento tecnológico, inovações dentre outros.
Além disso, as empresas realizam investimentos externos porque têm alguma vantagem que as empresas do país receptor do investimento não têm. Dessa forma, os custos associados com a operação internacional devem ser compensados por lucros extras derivados dessas vantagens. Dentre estas vantagens, pode-se destacar o uso de tecnologia de produção mais eficiente, sistema de distribuição mais eficaz ou a fabricação de um produto diferenciado.
Dessa forma, pode-se dizer que uma das características básicas da empresa transnacional é o fato de ser uma grande empresa e possuir vantagens específicas.