Desempenho financeiro das empresas brasileiras transnacionais e não transnacionais de capital aberto do ponto de vista dos acionistas (2006 a 2010)
Josilmar Cia (1) & MariValma Steiner (2)
(1) Orientador. Doutor e Mestre em Administração (EAESP-FGV), Bacharel em Ciências Econômicas (FEAUSP). Professor Responsável pela Linha de Finanças do CCSA-Mackenzie. (2) Graduanda do curso de Administração de Empresas na Universidade Presbiteriana Mackenzie. josilmarcia@mackenzie.br steiner.mari@gmail.com
Resumo – o movimento de internacionalização das empresas brasileiras cresceu de maneira significativa a partir dos anos 90. Há várias teorias para explicar o porquê as empresas se internacionalizam, algumas como a de Uppsala (nas versões de 1970 e de 2009) explicam através de fatores comportamentais, outras, como o Paradigma Eclético de Dunning (1976) que baseia-se em fatores de mercado. Independentemente do modelo adotado, as empresas, pela teoria da firma, buscam a maximização do valor ou a maximização do lucro (econômico). Desta forma, o objetivo deste estudo não é explicar os motivos que levam as empresas a se internacionalizarem, mas sim, investigar se as empresas que se internacionalizaram são mais rentáveis do que as que permaneceram atuando dentro do mercado nacional. Para isso foram analisados duas séries de indicadores de rentabilidade das duas classes de empresa no período de 2006 a 2010. O primeiro indicador é o ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido), que mede pelas demonstrações financeiras o quanto a riqueza dos acionistas cresce de um período, e pelo retorno anual de mercado que foi efetivamente auferido pelos acionistas, medido pela valorização das ações e pelo recebimento de dividendos. De acordo com os resultados apurados, não se pode afirmar que as transnacionais brasileiras têm um desempenho financeiro superior às não transnacionais, tanto pelo ROE como pelo desempenho das ações. Palvras-chave: empresas transnacionais, Retorno das ações, ROE.