resumo do livro a cidade antiga
Para as raças indo-européias, em especial gregos e italianos, acreditava-se que a morte era uma transformação da vida e somente com o sepultamento obtia-se a felicidade para o todo sempre. O culto aos mortos era feito por meio de cerimônias, com oferenda de alimentos, pertences pessoais, alimentos e bebidas, acreditando sempre que os mortos carregavam desta vida lembranças e que os mesmos só teriam a "paz eterna" se todos estes rituais fossem completos.
Ainda relacionado aos mortos, os antigos cultuavam o Fogo Sagrado, uma chama localizada em um lugar especial da casa, regado de alimentos e bebidas e mantido pelo patriarca da família. A esta chama creditava-se com sendo uma divindade, pedindo-lhe saúde, proteção e riqueza para família. A manutenção deste fogo também era algo especial, ele quase nunca poderia ser extinto, exceto em uma data especial e era abastecido com um tipo de madeira especial. Povos da Grécia, Roma e Índia praticavam o rito ao fogo sagrado que estava intimamente ligado ao culto ao mortos.
Como os túmulos normalmente ficavam nas casas das famílias, o culto aos mortos era realizado por um membro da casa, e representava um culto aos antepassados, mantendo-lhe vivos na mente e coração dos vivos. Como estes procedimentos eram realizados nas casas, não havia interferência do mundo externo, este apenas se certificava que os ritos fossem realizados corretamente pelo pai.
No livro II de A Cidade Antiga de Fustel de Coulanges, retrata que a família está intrinsecamente ligada à religião. O culto aos mortos, a celebração ao Fogo Sagrado era o que norteava a formação da família e ditava as regras para a sua composição.