Resumo do documentário LEVA
Esse documentário retrata a realidade vivida por milhares de brasileiros. Eles migram do nordeste a procura de uma vida melhor em São Paulo, porém quando chegam a seu destino convivem com uma realidade completamente diferente com a qual pensavam. Contudo o que mais impressiona é a organização dos grupos sem teto, eles se organizam desde o momento de invadir os prédios abandonados até na divisão de afazeres em geral. Segundo os desabrigados, eles não recebem nenhum apoio do governo estadual, que ao contrário de ajudar, os representantes eleitos pelo povo não querem saber de ouvir os problemas relatados pelo próprio povo. A seu favor, os líderes dos grupos sem teto alegam que invadem lugares inabitados, pelo fato, de ganharem salários insuficientes para pagar os aluguéis no nível central da metrópole. Ainda segundo eles, fica mais caro construir casas em regiões mais distantes do centro, por não terem a mesma infraestrutura que eles encontram no centro da cidade.
Não é só no estado de São Paulo que temos grandes índices de sem teto, mas também segundo o IBGE, é apontado para um déficit de 505 mil moradias em todo o estado do Rio, assim divididos: 494.199 nas regiões urbanas e 11.088 na zona rural. Na região metropolitana do Rio, o déficit é de 380.905 unidades demandadas por famílias com renda em até dois salários mínimos e por quem recebe entre dois e cinco salários mínimos, incluídas aí famílias sem casa vivendo de aluguel ou de favor com parentes e as que vivem em áreas de risco.
Ainda segundo o IBGE, esta é a realidade de milhões de brasileiros concentrados nas regiões metropolitanas do Rio de janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Vitória, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Fortaleza, Salvador e outras grandes cidades. A taxa de crescimento da periferia dos grandes centros nos últimos dez anos foi de 30% contra 5% das áreas mais ricas. Concentram – se aí as classes trabalhadoras, que ganham salários miseráveis e o desemprego