Resumo de a sociologia do corpo - david le breton
"Antes de qualquer coisa, a existência é corporal."
Le Breton define a sociologia do corpo como um capítulo da sociologia destinado a compreensão da corporeidade humana enquanto fenômeno social e corporal, bem como motivo simbólico. A Sociologia do Corpo dedica-se às lógicas sociais e culturais que envolvem a extensão e os movimentos do homem.
O corpo.
As ações da vida humana envolvem a ação da corporeidade. O corpo é um vetor semântico onde ocorrem as atividades perceptivas e as significações, mas também a expressão de sentimentos, ritos, gestos, exercícios, relação com a dor, etc. O uso físico depende dos sistemas simbólicos. O corpo torna-se o eixo da relação com o mundo, lugar e tempo.
O homem, através do corpo, apropria-se da vida, a traduz para o outro e serve-se de sistemas simbólicos que compartilha com a comunidade.
O ator abraça o mundo, apodera-se, humaniza e o carrega de sentido. Enquanto experiência, também compartilha essas percepções com os que possuem o mesmo tipo de referência cultural que ele. Pela corporeidade, o homem faz do mundo extensão de sua experiência.
O existir, pois, é mover-se em determinado espaço e tempo, transformar o meio, e atribuir significado aos estímulos graças à percepção.
Enquanto emissor e receptor, o homem se insere de forma ativa no interior do espaço social e cultural.
As crianças nascem com predisposições físicas e disposições antropológicas que só são desenvolvidas ao longo de alguns anos no campo simbólico, em sua relação com os outros. Anos depois, seu corpo se insere na teia de significações de seu grupo de pertencimento.
Socialização da experiência corporal Ainda na infância, os feitos e gestos são envolvidos pelo padrão cultural (ethos), que suscita a gestualidade, sensualidade e desenha sua relação com o mundo.
A educação nunca é uma atividade puramente intencional. Outras coordenadas (familiares, por exemplo) são consideradas na socialização.
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