graduada
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA
A RELIGIÃO DE MATRIZ AFRICANA:
Corporeidade e os fundamentos teóricos para sua compreensão
MÔNICA CARVALHO DE ALMEIDA
Trabalho de conclusão da disciplina Identidade, corpos e subjetivações. Ofertada pelo Programa de Pós-graduação em Sociologia
Professor: Prof. João Bittencourt
Maceió
Agosto de 2014
RESUMO
Partindo da obra de David Le Breton, pretende-se com este trabalho compreender a corporeidade através das teorias apresentadas por Pierre Bourdieu e Erving Goffman como fator determinante nas relações sociais ao ponto de definir a identidade de um grupo, tendo como objeto as Comunidades de matriz africana de Maceió na composição de sua identidade e como seus corpos são disponibilizados e construídos.
PALAVRAS CHAVE: Corporeidade, Matriz Africana, Identidade.
1. INTRODUÇÂO
Ao tentar identificar alguém, busca-se as características daquela pessoa: altura, forma, tom de voz, como se movimenta, como se veste, enfim, como esta pessoa se apresenta, ou melhor, o que seu corpo comunica e revela de si.
O corpo é o instrumento de interação do agente social com o mundo que o cerca. Aquele que interage com outros corpos de acordo com aquilo que fora apreendido durante sua vida, sofrendo influência do meio, ou influenciando-o. “O corpo é um vetor semântico pelo qual a evidência da relação com o mundo é constituída” (LE BRETON, A Sociologia do corpo, 2011, p. 7). Sensações, trejeitos, mímicas, traços fisionômicos, maneira de falar e de agir, tudo isto é a relação do agente social com o mundo tendo assim o corpo como meio de interação social.
Ao nascer, a criança é constituída pela soma infinita de disposições antropológicas que só a imersão no campo simbólico, isto é, a relação com os outros, poderá permitir o desenvolvimento. São necessários à criança alguns anos antes que seu corpo esteja inscrito realmente, em