Qualidade de vida
A GINÁSTICA LABORAL: UMA TENDÊNCIA CONTEMPORÂNEA DA PEDAGOGIA CORPORAL DA SOCIEDADE CAPITALISTA Roberta Jardim Coube Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
Resumo: O texto objetiva construir uma análise acerca da ginástica laboral entendida como um dos instrumentos do modo de produção vigente e significativo representante da pedagogia do corpo. Refutando o discurso hegemônico de que sua função é benéfica ao trabalhador, intentamos apontar algumas contradições, próprias da sociedade capitalista, em que se chocam as concepções de atividade física, ergonomia, ginástica laboral, lazer e saúde (pública). Os questionamentos abordados possuem como respaldo o enfoque marxista do uso do corpo e, por essa razão, a crítica à visão dicotômica homo fazer/homo sapiens. O presente estudo faz parte do projeto de pesquisa “O corpo em Foucault e Marx: uma análise comparativa”, orientado pelo professor doutor Luiz Celso Pinho, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Palavras-chave: Corpo; educação; ginástica laboral
Este texto constitui-se uma tentativa de reconfiguração de um capítulo do trabalho monográfico intitulado “O corpo do trabalhador: da disciplina à mercadoria”, apresentado ao Departamento de Educação Física e Desportos (DEFD), da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), em que a ginástica laboral é entendida como uma (anti)pedagogia corporal característica da sociedade capitalista contemporânea. No referido texto, construímos um diálogo entre as teorias marxista e foucaultiana a respeito do corpo do trabalhador utilizando e confrontando a teoria de ambos e, consequentemente, as suas cosmovisões (distintas) e olhares acerca da sociedade e das relações sociais nela existentes. No presente trabalho, no entanto, apropriamo-nos essencialmente da perspectiva