Corpo
ESCOLAR, FACE AO ESTEREÓTIPO CONSTRUÍDO NA
CONTEMPORANEIDADE
ANDREIA SANTOS GONÇALVES*
ALDO ANTONIO DE AZEVEDO**
RESUMO
O presente artigo, de cunho interpretativo, apresenta uma refl exão acerca do papel da
Educação Física Escolar na re-signifi cação do corpo, face ao estereótipo construído na contemporaneidade. Recorre-se, às contribuições de alguns estudiosos do corpo, em especial, Le Breton, e de algumas idéias de sociólogos como Durkheim e Foucault e do antropólogo Mauss. Aborda-se, também, refl exivamente a questão do corpo, no “fazer”
Educação Física, onde o professor e os alunos reúnem possibilidades de re-signifi cação do corpo pela conscientização, superando a fragmentação e propondo a interdisciplinaridade na sua constituição. A refl exão exige, portanto, o reconhecimento da realidade da prática pedagógica da Educação Física na escola, enquanto espaço social emancipatório e não apenas mero reprodutor de práticas a-críticas.
PALAVRAS-CHAVE: corpo – contemporaneidade – re-signifi cação – mídia – Educação
Física Escolar.
APROXIMANDO-SE DA TEMÁTICA
Nos últimos anos as discussões e os debates sobre a relação corpo - homem-sociedade tornaram-se primordiais àqueles que, de alguma forma, lidam com o corpo em diversos espaços sociais, dentre os quais a escola. Considerado por Breton (2006, p. 9) como fenômeno social, cultural e biológico, eixo de ligação do homem com o mundo, fundamento da existência individual e coletiva, o corpo, nos dias atuais, vem se constituindo como um objeto obscuro, ambíguo e confuso, em razão do discurso da modernidade. Este prima pela apologia do corpo como um
* Aluna do Mestrado em Educação Física Escolar da UnB.
** Professor do Programa de Pós-graduação e de graduação da Faculdade de Educação
Física e do Departamento de Sociologia da UnB.
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