Hidrogênio: o combustível do futuro Embora não seja uma fonte primária de energia, o Hidrogênio se constitui em uma forma conveniente e flexível de transporte e uso final de energia, pois pode ser obtido de diversas fontes energéticas (petróleo, energia solar, gás natural, etc.), e sua combustão não é poluente (é produto da combustão da água), além de ser uma fonte de energia barata. O Hidrogênio é o elemento químico mais abundante do universo (constituindo aproximadamente 75% de sua massa elementar), o mais leve (15 vezes mais leve que o ar) e o que contém o maior valor energético (cerca de 121 kJ/g). Este composto, constituído quimicamente por um único elétron em torno do núcleo, é muito potente por ser extremamente leve, pois suas forças de ionização são baixas, permitindo extrair o elétron que orbita, ionizando o H. Este elétron é suficiente para se produzir uma corrente elétrica desde que se consiga um fluxo constante de H e algo capaz de levar à sua ionização. Todos os métodos de produção de Hidrogênio têm como base a separação das matérias-primas que o contêm. É a matéria-prima que dita o método de separação a aplicar. Cerca de 95% do Hidrogênio da Europa é produzido através da reação de vapor de alta temperatura com o carvão ou gás natural, dois combustíveis fósseis que vão se esgotar um dia. Quando é necessário H de maior pureza, é comum recorrer-se a um processo eletroquímico, chamado eletrólise, onde o H é produzido a partir da água, pois na obtenção de Hidrogênio por eletrólise, faz-se passar uma corrente elétrica pela água e, na presença de eletrodos que permitem a transferência de elétrons, separa-se a água do Hidrogênio, sem qualquer emissão de gases poluentes. A obtenção de H por eletrólise da água é uma alternativa viável e limpa à tecnologia dominante atualmente, no entanto, a eletricidade é cara e muitas vezes é também gerada por combustíveis fósseis.
Geovânia dos Santos
Referências Bibliográficas: