Resumo: Críticas a Escola Nova
– São Paulo: AUTORES ASSOCIADOS,1983.
O livro "Escola e Democracia" é uma tentativa de esclarecimento da situação da Educação, senão ao menos uma melhor compreensão de sua relação com os diferentes aspectos da sociedade, da história e dos momentos políticos.
Na primeira parte do livro o autor destaca as "teorias não-críticas" da educação que, segundo o mesmo, não consideram os problemas e a estrutura social como influenciadores da educação. Estas teorias "já encaram a educação como autônoma e buscam compreendê-la a partir dela mesma".
Destaca também as diferenças entre a pedagogia tradicional, a nova e a tecnicista e sua relação com o problema da marginalidade:
Na pedagogia tradicional, a educação é vista como direito de todos e dever do Estado, sendo a marginalidade associada à ignorância. A escola surge como um "antídoto", difundindo a instrução.
Na Escola Nova, passa a ocorrer um movimento de reforma na pedagogia tradicional, na qual a marginalidade não é mais do ignorante e sim do rejeitado, do anormal e inapto, desajustado biológica e psiquicamente. A escola passa a ser então a forma de adaptação e ajuste dos indivíduos à sociedade.
Por fim, o Tecnicismo define a marginalidade como ineficiência, improdutividade. A função da escola então passa a ser de formação de indivíduos eficientes, para o aumento da produtividade social, associado diretamente ao rendimento e capacidades de produção capitalistas. O autor depois discorre sobre as "teorias crítico-reprodutivistas", nas quais não pode ser possível "compreender a educação senão a partir dos seus condicionantes sociais". Estas teorias consideram a Educação como um instrumento da classe dominante capaz de reproduzir o sistema "dominante-dominado", sendo responsável pela marginalização, uma vez que percebe a dependência da educação em relação à sociedade, tendo em sua estruturação a