Responsabilidade social na educação moderna
Em um contexto moderno, onde questiona-se as políticas governamentais inerentes aos rumos da educação, principalmente em países como o nosso, onde práticas de acesso ao ensino estão sendo reformuladas dia-a-dia, cabe-nos uma análise reflexiva sobre qual o papel do educador no que se refere ao direcionamento dado as referidas políticas, bem como os reais interesses por detrás das mesmas. Veremos, a seguir, as várias faces de uma mesma política, na ótica de cada um dos sujeitos envolvidos na mesma, por ordem: Estado, “Máquina Capitalista”, Sociedade e Educadores.
2 - RESPONSABILIDADE SOCIAL NA EDUCAÇÃO MODERNA
“Sendo homem, só duas razões podem levar à sujeição: que sejam forçados, ou iludidos.” La Boétie
No que tange ao Estado, Estado esse que mais uma vez enseja mostrar sua face assistencialista e paternalista, é cristalino observar que sua política atual é a de uma “Educação para Todos”, na qual se contempla e amplamente divulga-se a oferta generalizada de vagas em instituições de ensino, os “investimentos” e o aparelhamento das mesmas, contudo, uma reflexão mais apurada e aprofundada da mesma, remete-nos a várias situações, tais como: depreciação da qualidade do ensino em nome do acesso amplo as instituições de ensino, má gestão dos recursos aplicados, onde vemos, num cenário de Inclusão Digital, a triste realidade de laboratórios tecnológicos sucatados ou subutilizados, pela falta de capacitação dos operadores educacionais, inversão do ônus da responsabilidade da obtenção de uma educação de qualidade, passando esse do Estado para o aluno/família, uma vez que, com a banalização da oferta de vagas em determinadas instituições de ensino e a criação e incentivo a poucos e raros “Centros de Excelência”, aparece o efeito mais nefasto dessa política: um ensino popularesco, porém de pouca qualidade, frente a um ensino de boa qualidade, entretanto deveras elitista (leia-se, para poucos e bons, sendo sucinto).