A CRISE NA EDUCAÇÃO MODERNA SEGUNDO HANNAH ARENDT RESUMO: Na atualidade e em grau relevante, sobre o mais instruído ao mais desinformado habitante do mundo ocidental, paira uma idéia, um conceito de educação. A educação, por estar essencialmente ligada às crianças ou a idéia de novo, sugere, em nossa imaginação, um caráter de renovação, de transformação das realidades sociais e políticas. Porém, depois de algumas décadas da presença do sistema moderno educacional, em nossa sociedade, não se vê tanta transformação, quanto se esperava. Uma mente reflexiva que se arriscou a pensar a educação e seus problemas na modernidade, foi a pensadora política Hannah Arendt. Assim, a proposta deste artigo é rastrear a reflexão arendtiana sobre a educação moderna, apresentando: a constatação da crise educacional e sua ligação com o mundo moderno; a educação na América como exemplo de uma realidade de crise; os elementos estruturais desta educação; o que gerou a crise e como podemos lidar com este fato. PALAVRAS-CHAVE: Educação; Crise; Modernidade; Arendt. Constatação da realidade de crise “Muito menor, porém, é o grupo daqueles que se dispõem a pensar, com a coragem e a seriedade necessárias, as transformações pelas quais passa o mundo e os desafios que se colocam a cada dia”. (GALLO, 2006, p. 553). No ensaio A crise na educação, Arendt inicia seus escritos relacionando a crise na educação americana com a crise geral do mundo moderno, demonstrando a presentificação e a relevância de tal crise. A incapacidade de solucionar a crise somada à maneira de como ela afetou o campo da política são as principais provas de seu caráter problemático e dos graves prejuízos sociais por ela causados. Outra verificação é