Classes c e d
O grupo, que responde por mais da metade da população da Capital, aumenta sua capacidade de compra.
O poder está com o povo. A frase não é apenas uma definição de democracia, mas expressa a realidade de consumo da classe média. Representando 52,8% da população de Porto Alegre e 59,8% da Região Metropolitana – Periferia, segundo dados do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (CPS/FGV), com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PNAD/IBGE), a classe C está com tudo. Para aqueles que pensam apenas nas classes A e B, uma ressalva: este é um mercado muito saturado. É mais desafiante e promissor trabalhar com um perfil de consumidor que representa uma população bastante superior e que só está ampliando de forma significativa o seu poder de consumo. Com renda familiar mensal de dois até dez salários mínimos, essa parcela da população está em franco crescimento. De 2003 a 2008, 25,9 milhões de brasileiros ascenderam para a classe C, formando um contingente de 91 milhões de pessoas, a metade da população do País. Deste total, 61% possuem cartão de crédito, 64% têm plano de saúde e 60% mantêm conta bancária, de acordo com a pesquisa Tendências da Maioria, da Datafolha/Data Popular. Se considerarmos os últimos dez anos, a classe média teve um aumento de 14% em número de pessoas e de 25% em renda, ressalta o consultor Renato Meirelles, do grupo de pesquisa, consultoria e marketing Data Popular. Como 76,4% do aumento de renda dessa faixa entre 2003 e 2008 vieram do trabalho, e não fontes de renda como benefícios da previdência ou outras rendas, a tendência é manter a expansão, explica o sociólogo Salvatore Santagada, da Fundação de Economia e Estatística SiegfriedEmanuel Heuser (FEE). Afinal, o que pensa, compra e anseia esse potencial consumidor? Esse segmento da população ampliou de forma significativa o número de categorias de produtos consumidos. Ele busca inclusão,