Residuos solidos na construção civil
As políticas de preservação e conservação do meio ambiente têm marcado o perfil das últimas décadas refletindo em inúmeros campos, da economia à política, começando a atingir também o setor da construção civil.
O crescimento populacional, o desenvolvimento econômico e a utilização de tecnologias inadequadas têm contribuído para que a quantidade de resíduos sólidos urbanos aumente cada vez mais. Dentre os diversos tipos de resíduos gerados no ambiente urbano, destaca-se o entulho, resíduo das atividades da construção civil e demolição. A indústria da construção civil causa um impacto ao meio ambiente ao longo de toda a sua cadeia produtiva, desde alterações no uso do solo, extração da matéria-prima, o transporte, até o processo construtivo e suas perdas.
Mesmo com o contínuo aperfeiçoamento dos processos construtivos para redução da quantidade de material desperdiçado e utilização de novas tecnologias construtivas, sempre haverá algo inevitavelmente perdido. Neste contexto, soluções para o problema dos resíduos da construção civil, incluindo reciclagem na própria obra ou em usinas apropriadas, vêm proporcionar redução nos custos ambientais, sociais e principalmente econômicos causados pelo entulho, além de disponibilizar um material com grande potencialidade de uso, transformando o resíduo da construção (entulho) novamente em matéria-prima.
A Construção Civil é a atividade que mais gera resíduos sólidos no meio urbano, seus entulhos podem representar até 70% da massa total de resíduos sólidos urbanos de uma cidade brasileira de médio e grande porte. No Brasil, são recolhidas oficialmente 33 milhões de toneladas de entulho por ano, material que seria suficiente para construir quase 500 mil casas populares de 50 metros quadrados cada. Por isso, pensar em alternativas de redução e reaproveitamento dos resíduos gerados é de extrema importância.
Em 2002, foi aprovada a Resolução nº. 307, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama),