Residuos nas industrias
A indústria da construção civil e a geração de resíduos ocupam posição de destaque na economia nacional, sendo responsável por uma parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Além desta participação direta no PIB, destaca-se também o grande contingente de mão-de-obra direta empregada, que corresponde a 3,92 milhões de empregos, sendo o maior setor empregador da economia nacional Esta indústria é responsável por um consumo considerável de materiais, seja em quantidade ou diversidade. Comparando-se, por exemplo, com a indústria automobilística, o seu consumo, medido em massa de materiais demandados, chega a ser de 100 a 200 vezes maior. Embora outras indústrias tenham problemas semelhantes, a ineficiência em alguns dos processos produtivos e, principalmente, os seus tamanhos fazem com que a indústria da construção civil seja reconhecidamente uma grande geradora de resíduos. Estes aparecem tanto na construção civil informal quanto na formal.
O interesse em saber a quantidade de resíduos gerada pela indústria da construção civil existe a algum tempo, muitas vezes inserido na discussão da redução de desperdícios. A primeira referência nacional sobre essa questão, que suscitou uma discussão mais ampla sobre o assunto, foi o trabalho realizado por Pinto (1989).
Recentemente, o interesse neste assunto tem se acirrado com a discussão de questões ambientais, uma vez que desperdiçar materiais, seja na forma de resíduo (mais comumente denominado entulho de construção) ou sob outra natureza, significa desperdiçar recursos naturais, o que coloca a indústria da construção civil no centro das discussões na busca pelo desenvolvimento sustentável nas suas diversas dimensões. Soma-se a esse fato a escassez de locais para a deposição do resíduo gerado, principalmente nos grandes centros urbanos, o que ocasiona transtornos à população e demanda vultosos investimentos financeiros. Assim, atualmente observa-se um grande