Resíduos gerados pela indústria sucroalcooleira
1. INTRODUÇÃO
A indústria da cana-de-açúcar vem crescendo no Brasil, país privilegiado pelo clima quente, forte economia e tecnologias que favorecem a ampliação do agronegócio disponibilizando também grande quantidade de empregos dentro da indústria e da agricultura. Um dos maiores entraves da agroindústria da cana são os resíduos gerados no processo de fabricação do álcool e açúcar, questão de importante relevância econômica e ambiental.
A criação do Proálcool – programa nacional do álcool, em 1975, foi um grande passo para a evolução de tecnologias e crescimento da produção nacional de bens de capital além de estimular a produção de álcool no Brasil (ALCOPAR, 2012).
O resíduo produzido em maior quantidade pela indústria sucroalcooleira é o bagaço. Ele é obtido a partir da moagem da cana e extração do caldo para a produção do álcool e do açúcar sendo o Paraná o segundo maior produtor de cana do país (SILVA; SILVA; GARCIA, 2010). Segundo os mesmos autores o bagaço pode ser usado como ração animal, fertilizantes, matéria-prima para indústria química e principalmente para a co-geração de energia, cada tonelada de cana produz em média 250 kg de bagaço e 204 kg de palha/ponta capaz de gerar 199,9 KWh.
Segundo João (2009) a queima deste resíduo produz vapor necessário para o acionamento das turbinas de preparo e moagem além da geração de energia elétrica. Na questão ambiental, a queima deste resíduo emite para a atmosfera, cinzas, fuligens e gases e sua decomposição produz metano prejudicando o bem estar populacional, por isso, seu melhor fim é na utilização para a co-geração de energia, pois minimiza seu impacto ambiental, elimina o resíduo gerado e produz uma energia limpa.
A vinhaça ou vinhoto é o resíduo gerado na destilação do melaço fermentado para obtenção de álcool (ALVARENGA, QUEIROZ, 2009). Utilizado principalmente para fertirrigação da cana, ou seja, para adubação e irrigação, este resíduo