resenha o que psicologia social
Em sua introdução, Lane diferencia o objeto de estudo da Psicologia e da Psicologia Social, ressaltando que, embora os objetos de estudo de ambas se assemelhem, a primeira busca estudar o comportamento do sujeito, de forma isolada, como algo que o individualiza e, a segunda, estuda como este comportamento é influenciado socialmente.
Como base necessária para a diferenciação do comportamento social, e para compreendermos se de fato existe comportamento não social em nossa espécie, a autora ressalva que precisamos compreender as condições históricas que envolvem o sujeito, ou seja, a cultura a que este está aplicado, “é a história do grupo ao qual o indivíduo pertence que dirá o que é reforçador ou o que é punitivo”.
COMO NOS TORNAMOS SOCIAIS
Desde o início de sua vida, o ser humano depende do outro, fazendo-o, assim, um ser obrigatoriamente social, que depende dos grupos para sua sobrevivência. Grupos, estes, regidos por padrões sociais e comportamentais normativos, determinados historicamente, vistos como essenciais para a manutenção da espécie. A autora intitula o seguimento dessas leis, estipuladas pelo grupo, como papel social. É atribuído valor ao papel social mediante a existência do outro, isto é, para que haja o chefe, como a autora exemplifica em seu texto, é necessário haver o chefiado.
A autora aplica, neste contexto, outros importantes conceitos, o de individualidade, identidade social e consciência de si mesmo. Segundo ela, a individualidade é criada a partir do momento que o sujeito confronta papeis sociais, descobrindo semelhanças e diferenças entre ele e os outros, cada um pode seguir suas próprias variações, desde que permaneça com determinadas características. O indivíduo deixa de ser, então, apenas mais um entre muitos e passa a ter características próprias, formando, assim, sua identidade social, que nada mais é que o conjunto de papeis que fazemos.
Lane chama atenção para outro fato, os papeis sociais não são naturais nem