resenha pós abolição
1 Adriana da Silva Oliveira
2 Jaqson Alves Santos
Os estudos sobre as relações e experiências de trabalho no período pós-abolição têm avançado nas últimas décadas, bem com vem sendo demonstrado neste texto de Jaci Maria Ferraz Menezes e Juvino Alves dos Santos Filho, a história sobre a relação entre as capoeiras, marinheiros e policiais em Salvador no período da República Velha. O demonstra aspectos de exclusão dos negros e índios da escolarização, no Brasil e na Bahia, enfatizando que os negros foram adquirindo o direito à escola muito lentamente, no pós-abolição. Formalmente excluídos os escravos durante todo o período colonial, inexistiu durante a escravidão ou mesmo depois dela, uma política de massas voltadas explicitamente para garantir o acesso à escola. Mostram que as discussões travadas no período final do Império limitavam-se a apresentar projetos de organização de um sistema de ensino que, descentralizado, promovesse o acesso de crianças livres à escolarização. Este debate foi retomado no inicio da República, haja vista que, o acesso ao voto era condicionado, ao saber ler e escrever, entendendo-se a alfabetização como condição necessária para a aquisição de uma capacidade de discernimento. Numa sociedade formada majoritariamente de negros e analfabetos, isto significava a exclusão da maioria da cidadania ativa; de tal modo que a abolição garantiu, aos escravos, a liberdade, mas não a igualdade. Noutra dimensão a própria história do processo abolicionista mostra a existência de um grande número de negros educados, ocupando papel de destaque na sociedade brasileira no século XIX e organizando as formas de resistência e luta contra a escravidão. É fato notório que na Bahia não houve um crescimento da