A integração do Negro na Sociedade de Classes e o Negro no Mundo dos Brancos do Autor Florestan Fernandes

848 palavras 4 páginas
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
RECIFE, 29 DE JANEIRO DE 2013.

RESENHA REFERENTE AOS TEXTOS: A INTEGRAÇÃO DO NEGRO NA SOCIEDADE DE CLASSES - VOLUME 1 E 2 – E O NEGRO NO MUNDO DOS BRANCOS DO AUTOR FLORESTAN FERNANDES O texto A integração do Negro na Sociedade de Classes possui uma forte importância no que se concerne à observação analítica da questão racial no Brasil, nota-se a evidenciação da condição da margem social estabelecida para os negros e mulatos. Entende-se que Florestan buscou expor tal problemática de exclusão social dos negros e mulatos citando à cidade de São Paulo por ter sido o primeiro centro urbano econômico burguês, onde havia um modo de vida competitivo e individualista resultado de um novo regime de produção, compreende-se que nessa reformulação de um novo olhar social o que realmente havia era um movimento das elites – branco para com o branco – impulsionando cada vez mais exclusão do negro e do mulato no “novo” estilo urbano de vida e impedindo-os que se reconhecessem como cidadãos mesmo com a abolição da escravatura assinada pela Princesa Isabel em 1888, dessa forma, Fernandes expõe que após a desagregação da ordem social senhorial e escravocrata, bem como do posterior desenvolvimento do capitalismo no Brasil, formou-se um novo modo de organização, de comportamento e de hábitos urbanos que deu por consequência – consciente – a condição marginal dos negros e mulatos. Partindo do pressuposto pode-se entender que com a desagregação do sistema escravocrata, o “ex-escravo” passou a ser responsável por si mesmo, sem apoio algum financeiro de nenhuma instituição da época que possibilitasse a sua inserção no novo sistema de organização social, sendo, depois de ter – junto com seus antepassados também escravos – contribuído diretamente na economia brasileira, abolidos sem direito nenhum para construir um novo horizonte em suas vidas. Pode-se então, acreditar que a revolução abolicionista na qual

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