Resenha Estratégias de Caramujo

UnB - Universidade de Brasília
Professor: Dr. Omar da Silva Lima
Aluno: Luciana Costa Lovisi Brasil
Matricula: 11/0016033
Matéria: Literatura brasileira - Realismo

Resenha Crítica - Duarte, Eduardo de Assis. Estratégias de caramujo. In Machado de Assis afro -descendente – escritos de caramujo [antologia]. Organização, ensaio e notas: Eduardo de Assis Duarte. Rio de Janeiro / Belo Horizonte: Palhas/Crisália,2007.

Machado de Assis, um dos maiores escritores da língua portuguesa, é acusado de negar suas origens afrodescendentes. Ele é abertamente acusado também, de omitir de suas obras a questão dos dramas sociais, principalmente o da escravidão. Entretanto, em seu livro “Machado de Assis afrodescendente”, Eduardo de Assis Duarte contradiz essa acusação.
O autor deixa evidente que ao analisar o que Machado de Assis escreveu vê-se que este não aburguesa seus contos, mas retrata sob disfarces a crítica ao regime e à sua classe.
O último capítulo do livro é intitulado Estratégias de Caramujo. Machado é chamado pelo autor de “caramujo” devido à sua especialidade em camuflar e disfarçar seu texto. Eduardo de Assis nos mostra que em seu texto (desde o começo até o fim de sua carreira), Machado de Assis não apoia a escravidão como assim é de conhecimento de parte da população.
Depois de muita análise, Duarte fala sobre como Machado representou em suas obras a escravidão pós a abolição, o que é claramente compreendido devido ao momento de vida do autor na época. Machado não foi um autor que ousou criticar a abolição enquanto a escravatura estava em vigor, mas foi um autor que a criticou assim que ela terminou. Ele fez suas críticas através dos relatos do universo escravocrata.
Após a análise profunda de suas principais obras, descobrimos que a preocupação com a escravidão e com o papel reservado ao negro, manifesta-se somente após a abolição, isso pode ser explicado pelo contexto que o autor vivia no momento. Porém apesar de desconcertar a cronologia, Machado