Trabalho
Para a resenha proposta, foi selecionado o texto “A face negra da Abolição”, da autora Hebe Maria Mattos, publicado pela Revista Nossa História em seu segundo ano, na edição nº 19, em maio de 2005.
Hebe Maria Mattos é Formada em história pela Universidade Federal Fluminense, onde cursou também seu mestrado e doutorado. Atualmente é professora e membro efetivo do colegiado de pós-graduação de história na mesma que a formou. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil, atuando principalmente nos temas de escravidão, abolição, memória, história oral e identidade.
Nesta resenha abordaremos o movimento de fugas em massa dos cativos na última década da escravidão, a dificuldade de ingresso destes no poder público da sociedade colonial, a influência da Inglaterra no processo de abolição, a revolta de escravos africanos, e todo o processo de abolição desde a liberdade do ventre até a lei dos sexagenários.
A autora aborda através de seu artigo, uma outra perspectiva sobre a escravidão, uma visão mais realista sobre o ambiente que antecedeu a Abolição da escravidão.
A Lei Aurea assinada em 13 de maio de 1888,extinguindo o trabalho o escravo ,é considerado o marco da Abolição do trabalho escravo, porém como descrito no artigo, diversos fatos antecederam a aprovação dessa lei e sua sanção. Apesar dos escravos ainda serem chamados de negros , 95% dos descendentes africanos já eram livres e seus esforços e importância nesse processo, foram esquecidos.
A Constituição brasileira de 1824, adotada após a Independência brasileira, afirmava a igualdade de todos os cidadãos brasileiros, entretanto a escravidão por ser considerada um direito de propriedade, continuava a vigorar no país. A década que antecedeu o fim do trabalho escravo, gerou movimentos de fuga em massa, na grande maioria para a Região Sudeste, se transformando assim, no maior movimento de desobediência civil de nossa história. Externamente a esses movimentos, durante o