RESENHA-Motivação, Cultura e Clima em Órgãos Públicos
1. Introdução O estudo de clima das organizações tem sido negligenciado entre nós. O assunto é, no entanto, da maior importância para o entendimento e manejo da dinâmica organizacional. Traduzida e já utilizada entre nós, temos a escala de Kolb, inspirada nos trabalhos de Litwin e Stringer e McClelland. Ela mede sete fatores climáticos, mediante os quais é possível eliciar um moti’vo particular através de indícios fornecidos pelo clima organizacional. A frequência em que aparecesse cada um desses fatores varia de acordo com a cultura na qual a organização está inserida.
2. A pesquisa
A escala de Kolb foi aplicada a todos os funcionários de um departamento de uma secretaria de estado da região Sul do Brasil. A análise dos dados girou em tomo dos três motivos sociais básicos (realização, afiliação, poder).
Os técnicos de nível superior percebem mais poder, enquanto os técnicos de nível médio enfatizam a realização, tanto eles, como os estagiários apresentam os índices de poder mais baixos, apenas ultrapassados pelos diretores. Estes e os coordenadores são os que revelam os maiores índices de realização.
As unidades técnica, pesquisa e serviços gerais veem poder em primeiro lugar; entretanto, como os índices de realização são altos, parecem com a média global mais elevada, comparando-se esses dados com os encontrados em uma secretaria de estado nordestina, pode se constatar o seguinte: os dois órgãos públicos apresentam hierarquia de motivos diferentes. Para o Nordeste a ordem é: afiliação, realização e poder; para o Sul é: realização, poder e afiliação;
3. Discussão e conclusões
O retrato de clima reproduz um instantâneo da vida organizacional, pois é decorrente de fatores que são dinâmicos. Mudando-se esses fatores, mudará o clima. É preciso ter em mente que o retrato de clima reproduz a percepção dos indivíduos organizacionais.
Os cientistas (pesquisadores) têm altos índices em poder, revelando