Resenha Medo Liquido
Sobre o “Medo Líquido”, de Zygmunt Bauman
Igor Zanoni Constant Carneiro Leão
Demian Castro
RESUMO - Esta resenha procura conduzir a uma reflexão sobre a globalização negativa que tem lugar desde a década de oitenta nos principais países do mundo com efeitos maléficos sobre as condições de vida que se tornam ameaçadoras para grande parte da população notadamente pobre e discriminada. Trata-se de um texto sobre um dos maiores pensadores da crise planetária que vivemos articulando um discurso entre várias áreas da cultura moderna, em especial referente ao progresso técnico.
Palavras-chave: Aspectos sociais do medo. Aspectos sociais do pós-modernismo.
Globalização e neoliberalismo.
“Mais que em qualquer momento da história, a humanidade está diante de uma encruzilhada. Um caminho leva ao desespero e à impotência absoluta.
O outro, à total extinção. Rezemos pra que tenhamos a sabedoria de escolher corretamente”
Woody Allen
Zygmunt Bauman é um sociólogo polonês radicado na Inglaterra, autor de uma vasta obra sobre a “pós-modernidade”. Muitos autores usam esse conceito e outros o recusam. Em Bauman tal conceito significa a perda da crença no progresso, na expectativa de segurança e na possibilidade de confiança no outro, tornando o viver uma experiência de risco. Nesse sentido, ele acompanha um autor que pensou pioneiramente o estatuto da modernidade como Walter Benjamim.
Todavia, nele, a pós-modernidade está associada ao período pós-1973, quando a ruptura de Bretton Woods, a crise do petróleo, as novas tecnologias e a instabilidade econômica mundial dentro de um quadro de globalização perversa e de uma ideologia neoliberal, tornam a pós-modernidade ou a modernidade líquida uma característica das sociedades avançadas marcada por uma desmontagem acelerada de seus padrões de sociabilidade. Sem perspectivas de permanência. Como resume Maria Laurinda Ribeiro de
Souza, “Tudo é temporário,