Resenha - Família, emoção e ideologia

O EMBURGUESAMENTO NA FAMÍLIA CONTEMPORÂNEA

O texto de José Roberto Tozoni Reis – Família, Emoção e Ideologia, refere-se à importância da família na sociedade de como é evidente em vários aspectos, como na influência da vida emocional de seus membros, e concordável que também é de extrema importância como base da sociedade em si, de vida e relações sociais equilibradas, seja ela, em qualquer contexto das diferentes épocas em que foi estabelecida. E não podendo deixar de ressaltar que ela é quem faz a mediação entre o indivíduo e sociedade, fazendo formação a nossa primeira identidade social.
Para entendermos melhor, é importante frisar que há também algumas abordagens sobre a instituição familiar, dentro elas uma importante, como a ideologia na qual tem o papel de introduzir e reproduzir a instituição familiar como algo natural e imutável. Para Freud a “família” trata-se apenas de um papel da qual a instituição familiar assume em algum momento histórico, porém com a falta de uma visão social, acabou-se consagrando a família burguesa como essa universal e natural. Criando assim, relação entre família e sociedade. Vejamos mais sobre isso: Para Engels, foi na família que se iniciou o processo de divisão social do trabalho sexual e esse processo se tornou a referência para a principal divisão sobre a qual se funda o modo de produção capitalista: a oposição que há entre os proprietários das condições de produção e os que possuem apenas a força de trabalho. Então, esse processo de desenvolvimento de forças produtivas e de divisão social do trabalho que determinara a estrutura familiar.
Porém, não é possível entender o grupo familiar sem considerar a complexidade de uma trama social e histórica que a envolve. Assim, é preciso entender alguns aspectos, tais como, que a família não é algo natural, biológico, mas uma instituição social, criada pelos homens para responder às questões sociais. A segunda, que a família se constitui de uma necessidade material: a reprodução