estudante
O etnocentrismo é uma prática na qual o indivíduo enxerga o mundo através da sua concepção, ou seja, a partir daquilo que ele acredita que seja. Essa visão não consegue pensar nas diferenças, ela coloca a sua cultura como central, e todas as demais com estranheza e inferioridade. Essa concepção tem grande influência em diversos setores: emoção, pensamento, imagens e representações são apenas umas das possibilidade de manifestação dessa forma de pensar. O etnocentrismo não ficou restrito ao contexto da época, pelo contrário, ainda nos dias de hoje toda a sociedade se depara com essa visão. O etnocentrismo atual não ocorre apenas entre sociedades diferentes, ele também se manifesta em uma mesma sociedade através de choques entre grupos sociais diferentes.
O etnocentrismo nasce a partir do “choque cultural” entre as sociedades. A partir de então, constantemente, são feitas comparações entre o “eu” e o “outro”. O “eu” como o superior, o civilizado, e o “outro” como inferior, o absurdo, o atrasado. O “outro” podem ser ilustrados como os “selvagens”, “bárbaros”, não eram considerados humanos, pois esta categoria era apenas preenchida pelo grupo do “eu”. Apesar da sociedade ocidental ter cumprido um papel extremamente etnocentrista com as suas colonizações, esta concepção não é uma exclusividade nossa. O etnocentrismo está presente em todas as sociedades, com menor ou maior intensidade. Podemos dizer que existe uma forma de etnocentrismo “cordial”, onde culturas diferentes se estranham, mas não há maiores consequências, sem qualquer tipo de violência ao “outro”.
A cultura do “eu” nega voz a cultura do “outro”, sendo assim, abre a possibilidade de pensar do “outro” o que bem (ou mal) entender, como uma verdade absoluta. Os livros didáticos, material de ampla circulação que detém muito poder. O seu conteúdo é escrito por um sujeito carregado de ideologias, que se traduzem na reprodução da sua visão de mundo, o olhar do “eu”