Resenha - A Maquina e a Revolta
A Máquina e a Revolta
Alba Zaluar dá início em sua obra com os agradecimentos, que são direcionados, de forma geral, à instituição pela qual fez sua tese (Unicamp), sua orientadora e aos investidores de seu trabalho (Fundação Ford e CNPq).
O antropólogo e os pobres: introdução metodológica e afetiva
A autora enfatiza, neste primeiro tópico, a questão do primeiro contato com os habitantes da Cidade de Deus, um conjunto habitacional que aparecia cotidianamente nas páginas dos jornais como um ambiente perigoso, em termos de segurança, o que propiciava a ela, um certo medo em interagir com os habitantes de tal local.
Após um primeiro período, chegou a fase em que a autora se sobressaía em relação aos demais, ou seja, era a referência que intermediava 'o povo' e 'os intelectuais' que estavam em diferentes planos; papel que a autora diz vigorar até os dias de hoje quando ela visita o local.
Numa segunda fase, iniciou-se o contato com as organizações de moradores e associações voltadas ao lazer, tal qual as escolas de samba, na qual a autora passou bom período de seu trabalho de campo; neste momento, Zaluar apresenta vários conflitos dos quais o antropólogo (principalmente o urbano) tem em seu meio de pesquisa: o de ser igual, porém diferente.
As teorias sociais e os pobres: os pobres como objeto
Neste tópico, o principal objetivo da autora é mostrar as correntes com as quais partilha opiniões e com as quais, de certa maneira, discorda; além de definir seu objeto de pesquisa e mostrar a validade de seu trabalho.
Para validar seu trabalho, a autora lança um argumento dizendo que tratar deste s grupos urbanos é um desafio duplo; primeiro pois os “pobres” são a imensa maioria no Brasil, e depois porque