Resenha: Fahrenheit 9/11
Muitas pessoas são capazes de descrever com um grande detalhamento onde estavam e o que faziam no fatídico dia 11 de Setembro do ano de dois mil e um. Um dia histórico, que marcou não apenas os Estados Unidos da América, Afeganistão ou Iraque, mas o mundo.
Encontramos em Fahrenheit 9/11 de Michael Moore, uma abordagem diferente se compararmos com outros documentários que abordam o mesmo tema, pois esse não irá apenas focar nas histórias trágicas de familiares perdidos com os ataques às torres e ao pentágono, mas veremos uma abordagem totalmente política que acompanhará os backstages e os fatos que antecederam e sucederam aquele dia.
O documentário começa de forma leve, com uma típica música texana e nos apresenta algumas das principais polêmicas que envolvia o, então presidente, George W. Bush, como a suas férias um mês antes dos atentados e a sua relação com alguns investidores árabes (contendo nessa lista, até mesmo, parentes de Osama Bin Laden). Esse clima irônico e, de certo modo, leve é quebrado bruscamente ao surgirem às apresentações do Documentário. Uma tela em fade, acompanhada dos ruídos caóticos que ecoavam naquele triste dia, duram por cerca de 30 segundos iniciando um contraste provocativo ao telespectador.
Esses choques irão percorrer todo o documentário criando momentos de tensão e de intensa reflexão, pois somos muitas vezes pegos de surpresa e, assim, nos mantemos conectados com a história o que é muito difícil ocorrer em documentários comuns.
Os argumentos apresentados ao longo do filme convencem. Méritos da edição e do roteiro que merecem destaque por serem executados com perfeição. Desenvolvemos todas as reações que se espera do publico: rimos das piadas e montagens que envolvem o presidente, nos emocionamos com os depoimentos das famílias e dos próprios soldados e sentimos indignação com os fatos que nos é apresentado.
Lançado em 2004, ano eleitoral, foi acusado pelos políticos do partido republicano de tratar-se