Resenha do filme de Michael Moore (Fahrenheit 9/11)
Esse texto foi escrito em 15 de setembro de 2004. Portanto, de algum modo ele é datado, pois fala de algumas situações que são passageiras, como por exemplo do governo Bush e da Guerra do Iraque que já acabaram. No entanto, o tema ainda é muito presente e nos leva a reflexões bastantes profundas sobre liberdades, democracias, fundamentalismos religiosos, tolerância com as alteridades, geopolítica etc. O episódio do ataque e destruíção das torres gêmeas do World Trade Center inaugura um tempo novo na contemporaneidade. Esses novos desafios temáticos e o poder de acesso que o público tem, graças às tecnologias como a da internet, possibilitarão um debate cada vez mais abrangente e rico.
No que vai dar isso? Quem viver, verá.
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O Obstinado Michael Moore e seu libelo anti-Bush
Assistir ao filme Fahrenheit 9/11, vencedor da Palma de Ouro, em Cannes, como melhor filme de 2004 é fundamental, mas, sobretudo, escrever, ler e discuti-lo é importante e necessário, visto a gravidade do assunto do qual se trata. O filme de Michael Moore é um documentário que tem nas suas imagens o seu ponto forte. O filme é objetivo e seu autor deixa claro o seu intuito principal: o desmascaro do Presidente americano George W. Bush e de sua base. O cineasta acompanha a trajetória de Bush, desde sua controversa eleição em 2000, passando pela tragédia das “torres gêmeas”, pela invasão e guerra no Afeganistão e, finalmente, a guerra no Iraque, que ainda não se sabe o desfecho que terá.
Michael Moore é, antes de tudo, um obstinado, um ativista que tem como missão principal no momento tirar o Presidente Bush do poder. Moore é um crítico ferrenho das políticas conservadoras de Bush e seu partido republicano. Popular em seu país por seus livros polêmicos e bem vendidos; por seu documentário anterior,Tiros em Columbine, vencedor do Oscar de 2003,