Resenha do Livro Apologia da História ou o Ofício de Historiador
Bloch, Marc Leopold Benjamin. Apologia da História ou o Ofício de Historiador. Tradução: André Telles. 1º Edição. Rio de Janeiro. Zahar. 2001.
O Livro Apologia da História ou o Ofício do Historiador tem como tema, e objetivo, a resposta para uma pergunta: “Papai, então me explica para que serve a história?”. A partir desse questionamento vindo de uma criança para seu pai historiador que Marc Bloch inicia sua tentativa de tentar explicar a aplicação da história para os homens, e, como se dá e como se deveria dar o trabalho do profissional que trabalha como essa área do conhecimento que muitas vezes é tomada como complexa pelo autor.
O livro divide-se em cinco capítulos coesos entre si. Formulados com o intuito de trabalhar o passo a passo do trabalho necessário para se produzir uma reflexão histórica sobre os fatos. Para ter como um fato sólido para se guiar, o autor afirma desde a introdução que a história é uma ciência, ainda em construção, e como uma ciência deve apegar-se aos métodos empíricos de pesquisa, quebrando assim o pensamento contemporâneo de sua época sobre ater-se aos fatos sem questiona-los (método positivista de trabalhar a história).
Indo desse pressuposto, ele inicia o capítulo um A história, os homens e o tempo definindo o cerne dessa ciência chamada História. Deixa claro que História no século XX não é a mesma História de Hecateu de Mileto, história não é uma história ligada à fé tampou generalizada como ciência do passado afinal, tudo que existe produz história. Essa história com que ele trabalha é a história do homem e de todas suas criações no tempo, o historiador deve então focar na correlação do ser humano com o meio que ele vive e seus meios de sobrevivência e convivência, e segundo Bloch, o historiador não deve ficar preso essencialmente à origem dos fatos, pois “[...] as origens são um começo que explica. Pior ainda: que basta para explicar”. Tal fator deve ser