Resenha do 4º capítulo do livro apologia da história ou o ofício de historiador
Block vê dois problemas no ofício do historiador: o da imparcialidade histórica e o da tentativa de reprodução. Ele faz uma analogia com a imparcialidade exercida pelo cientista e pelo juiz, este interrogando suas testemunhas somente à procura da verdade e aquele experimentando para chegar à verdade mesmo que o resultado vá de encontro às suas mais caras teorias.
Os historiadores segundo Bloch têm atuado como juízes, visando simplesmente condenar ou coroar pessoas, dando qualidades aos seus atos, bons ou ruins para só então explicarem seus atos, o que torna tal explicação insignificante. Ele toma como defesa que o historiador deve compreender e não julgar, não é trabalho do historiador julgar outras civilizações e sim de compreendê-las. Bloch meio que em tom de súplica nos diz: “Apenas lhe pedimos que não se deixe hipnotizar por sua própria escolha a ponto de não mais conceber que uma outra, outrora, tenha sido possível.”, não podemos enquanto historiadores nos deixar levar por uma opinião considerada única e que somente vale ao nosso tempo. Ao historiador deveria bastar somente a compreensão e não o julgamento. Ele tenta nos mostrar que uma sociedade não é melhor nem pior que a outra, e que é por meio da análise histórica que se inicia realmente o trabalho do historiador, sempre atento para os julgamentos. Para ele não devemos fazer nenhum tipo de juízo de valor.
Em sua visão o historiador é quem escolhe e filtra os temas a serem estudados, cabe a ele direcionar o foco do estudo, fazer suas classificações, experimentá-las, revisá-las e flexibilizá-las. Na produção o historiador,