Resenha do filme "Um Estranho no Ninho".
Juliana Rodrigues
Título original: Um estranho no ninho
Gênero: Drama
Duração: 133 minutos
Ano de lançamento (Brasil): 1975
“A doença só tem realidade e valor de doença no interior de uma cultura que a reconhece como tal.”
(Michel Foucault)
Um Estranho no ninho primeiramente é um livro2 do autor Ken Kesey3, que posteriormente foi transformado em filme sendo dirigido por Milos Forman4. O filme conta a história de McMurphy, um homem condenado por agressão e estupro que alega ser louco para não ir para a prisão, porém seu comportamento não apresenta nenhuma alteração que seja diagnosticado como loucura.
McMurphy achava que o manicômio seria um lugar mais tranquilo (em relação à prisão) para cumprir uma pena, porém logo se dá conta que não pertence aquele lugar. O personagem começa a perceber que há um conformismo imposto e seguido pela enfermeira Ratched que não aceita nada contrário a isso. Inclusive há uma cena no filme na qual o personagem pede para que haja uma nova votação para decidir se os internos poderão assistir aos jogos do campeonato, e a todo o momento a enfermeira tenta impedi-lo de conseguir os votos necessários para que ele possa obter a permissão, até que por fim ela decide terminar a reunião encerrando assim a votação, apesar dele ter conseguido o número de pessoas necessárias, então McMurphy diz ao diretor que ela é injusta.
De acordo com Foucault 5, as instituições têm por finalidade não excluir, mas fixar os indivíduos a um sistema de regras. Nesse caso, “o hospital psiquiátrico não exclui os indivíduos; liga-os a um aparelho de correção”. O personagem, insatisfeito com aquele sistema, tenta mudá-lo sendo reprimido pelos funcionários do local. McMurphy trata os doentes como pessoas normais, que podem realizar diversas atividades. Em uma determinada