Resenha filme Um estranho no ninho
1052 palavras
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Um Estranho no Ninho de Milos Forman, 1975. A sensação de liberdade é algo que independe de onde estamos e de como vivemos. Podemos nos sentir livres de diversas maneiras e em diversos lugares. Da mesma forma, estar preso não quer dizer necessariamente que estamos encarcerados ou cercados por muros e grades. Podemos nos sentir sufocados, cercados, aprisionados, mesmo que estejamos no mais livre dos lugares do planeta. A questão é: temos coragem de lutar para conquistar a liberdade que desejamos?! A prisão psicológica de um grupo de pessoas dentro de uma instituição para doentes mentais (ou manicômio) e o caos que “um estranho no ninho” provoca naquelas vidas é o fio condutor do drama estrelado por Jack Nicholson. O condenado Randle Patrick McMurphy (Jack Nicholson) se passa por louco para evitar trabalhar no campo e acaba sendo transferido para um manicômio, onde vai alterar a rotina dos presentes e entrar em conflito com as rígidas normas de controle estabelecidas pela instituição e seguidas à risca pela enfermeira Mildred Ratched (Louise Fletcher). Ao despertar os pacientes e provocar a revolta deles contra estas regras ele irá encontrar também seu trágico destino. Os significados de liberdade são diferentes na visão subjetiva e objetiva. Quando pensamos em liberdade imaginamos uma situação onde tudo o que queremos conseguimos, imaginamos uma sociedade sem regras, sem domínios. Entretanto a liberdade real - social - nada tem em relação a esta liberdade subjetiva e relaciona-se com o que pensaríamos ser o seu oposto, a causalidade. Por isso, um indivíduo é livre dentro das várias regras já determinadas socialmente (as regras delimitam os parâmetros da liberdade) . O que Mac via como liberdade não era a liberdade real, possível na sociedade a qual estava inserido - esta liberdade só conquistaria quando não pertencesse mais a tal sociedade e, como demonstrou no filme ele a conquistaria após a morte. Mac buscou no sanatório uma forma de tornar-se livre já